sexta-feira, 27 de maio de 2011

1°Fichamento -Gincana de genética

Fatores genéticos e amabientais na manifestação do transtorno bipolar

Ficha citações
 Rev . Pisq . Clín .Vol32 n.1 São Paulo 2005 p.21-27
Michelon, L; Vallada, H.



“O transtorno bipolar (TB) se caracteriza por alterações
do humor, com recorrência de episódios depressivos e
maníacos ao longo da vida. As estimativas acerca de
sua prevalência na população são em geral conservadoras,
tendo em vista a utilização de estritos critérios
diagnósticos propostos nas classificações categoriais em
uso atualmente.”(pag:22)

“Em virtude da grande frequência na população,
compreender a etiologia e fisiopatologia do TB, em toda
sua heterogeneidade, torna-se extremamente importante
para definir condutas de tratamento e prevenção.
Para tanto, estratégias de investigação nos campos
genético, epidemiológico e psicossocial permitem obter
essa compreensão.”(pag:22)

“A sugestão de herdabilidade dos transtornos mentais
ocorreu inicialmente por meio de observações
clínicas e achados de estudos epidemiológicos com
familiares de pacientes.”(pag:22)

“O TB se insere entre as doenças
geneticamente complexas, cuja manifestação
depende da presença de um conjunto de genes que
interagem entre si resultando em uma fisiopatologia
também complexa, até o momento pouco definida.
Outro aspecto inerente às doenças complexas é a influência
do meio sobre a expressão gênica e sobre a modulação da atividade dos produtos expressos.”(pag:22)

“O fator mais significativamente associado
ao desenvolvimento de TB, encontrado em vários
estudos, é história familiar positiva, o que remete aos
fatores genéticos sugerindo mais uma vez a interação
gene–ambiente, necessária para a expressão de um
fenótipo comportamental.”(pag:23)

“Por meio dos estudos de citogenética, foram exploradas
possíveis aberrações cromossômicas associadas ao
surgimento do TB. Várias regiões foram identificadas
como candidatas na suscetibilidade genética do TB.”(pag:23)

“Diferentes mecanismos genéticos podem estar envolvidos
na etiopatogenia do TB, tais como alterações
cromossômicas, heterogeneidade de alelos, heterogeneidade
de genes (loci), epistasis, mutação dinâmica
levando ao fenômeno de antecipação, imprinting e
mutação de genes mitocondriais.”(pag:23)

“Os fatores epigenéticos referem-se a modificações do
DNA que regulam a atividade do genoma. A compreensão
desses mecanismos permite melhor avaliação dos
padrões de herança que ocorrem no TB, como, por
exemplo, a discordância de fenótipo entre gêmeos monozigóticos,
a idade de risco para o surgimento da doença,
as diferenças clínicas entre homens e mulheres e o
curso flutuante da doença. Um dos mecanismos usados
nesse controle é o imprinting.”(pag:24)

“Imprinting refere-se a um padrão de herança nãomendeliana
em que a transmissão do fenótipo depende
da origem parental do alelo associado à doença. Observaram que pacientes
bipolares possuem com maior freqüência mães afetadas
do que pais afetados e mais ancestrais maternos
afetados que ancestrais paternos, o que sugere aumento
do risco para prole de mães afetadas.”(pag:24)

“No caso do TB, a compreensão do padrão de expressão gênica
decorrente da exposição ao lítio ou aos anticonvulsivantes
permite distinguir subgrupos de genes
modulados pela ação do lítio que podem marcar uma
boa resposta, ou ainda, definir subtipos genéticos do
TB responsivos ou não aos estabilizadores do humor.”(pag:25)
“Indivíduos afetados por TB se deparam com a importante
questão relativa ao risco de sua prole desenvolver
a doença. Os estudos populacionais possibilitaram
fazer estimativas de risco da ocorrência de TB em
parentes de portadores. Sabe-se que, quanto maior a
proximidade de parentesco, maior o risco de desenvolver
TB.”(pag:25)

“De modo geral, quanto maior o número de afetados
com parentesco próximo, maior a chance de um
individuo manifestar a doença. Por ser uma doença
complexa, quanto maior o número de variantes gênicas
de suscetibilidade e quanto maior o contato com
fatores ambientais precipitantes, maior o risco.”(pag:25)

“Um bom aconselhamento genético, portanto,
assegurará que a pessoa com TB considere e pondere
juntamente com seu cônjuge sobre todas as questões
concernentes aos riscos antes de decidir a ter um filho.
De modo diferente das doenças genéticas associadas a
um único gene, nesse caso o grau de incerteza sobre o
risco avaliado para a descendência de uma pessoa
afetada é elevado.”(pag:25)

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