sábado, 28 de maio de 2011

5º Fichamento - Gincana de Genética

A predispodição genética na síncope vasovagal

Ficha de Citações
Rev. Assoc.Med.Bras v.55 n.1 São Paulo 2009 p.19-21


“Síncope é caracterizada como a perda súbita da consciência, associada à incapacidade de manutenção do tônus postural, com recuperação espontânea1,2. Pode ocorrer repentinamente ou ser precedida por sintomas com duração variável, tais como: tontura, calor, sudorese, palpitação, náusea e turvação visual1. É entidade bastante comum, podendo ocorrer em 30% da população adulta3,4. Dentre as diversas etiologias, a síncope vasovagal é a mais frequente, correspondendo a 50% dos diagnósticos.”(pag:19)


“A fisiopatologia da síncope vasovagal não é bem conhecida. Em pessoas predispostas, estímulos como dor, ansiedade e estresse podem desencadear uma resposta exacerbada do sistema nervoso autônomo. Ocorrem, então, estimulação vagal e inibição simpática com consequente bradicardia e relativa perda da vasoconstrição periférica resultando em hipotensão9. A diminuição dos níveis pressóricos leva a um estado de hipoperfusão cerebral acarretando comprometimento da consciência. O diagnóstico pode ser realizado através da anamnese e exame físico; entretanto é o teste de inclinação ortostática (TI) o exame de maior acurácia, especialmente quando a etiologia é indeterminada.”(pag:19)


“Identificou-se que o diagnóstico de síncope vasovagal, estabelecido por anamnese, exame físico e TI positivo, associou-se fortemente com história familiar de síncope. Tais dados sugerem a existência de algum fator, possivelmente transmitido de uma geração para outra, capaz de determinar ou predispor a síncope vasovagal em parentes de pacientes com essa patologia.”(pag:20)


“A intensidade da associação observada é muito grande para ser explicada apenas por fatores ambientais comuns aos membros das famílias estudadas. Tal associação sugere que algum componente herdado possa estar implicado na fisiopatologia da síncope vasovagal. Atualmente, ainda não podemos inferir com certeza se a síncope vasovagal sofre influência de uma tendência genética ou mesmo se é proveniente de uma combinação dessas alterações com fatores ambientais aos quais esses indivíduos estariam expostos13. Através da observação de casos em parentes de primeiro grau acredita-se que mecanismos genéticos estejam envolvidos. Ainda não foram estabelecidos os genes possivelmente envolvidos na etiologia da síncope vasovagal. Alterações no gene da ECA foram recentemente estudadas como possíveis fatores causadores de síncope, porém resultados significativos que o associem ao desenvolvimento dessa patologia não foram encontrados. Um bom começo é o estudo de genes que tenham alguma relação com os mediadores químicos do sistema nervoso autônomo. Genes candidatos à pesquisa são aqueles que originam receptores de serotonina, transportadores de noradrenalina ou relacionados com a acetilcolina.”(pag:21)


“Observamos que pacientes com síncope vasovagal têm, em sua maioria, parentes de primeiro grau com a mesma patologia. Concluímos, então, que possivelmente haja uma correlação entre síncope vasovagal e história familiar positiva.”(pag:21)


Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302009000100009&lang=pt

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